quarta-feira, 10 de abril de 2013

Tecido Cartilaginoso ou simplesmente cartilagem

O tecido cartilaginoso, ou simplesmente cartilagem, apresentam consistência firme, mas não é rígido como o tecido ósseo. Tem função de sustentação, reveste superfícies articulares facilitando os movimentos e é fundamental para o crescimento dos ossos longos. 

Nas cartilagens não há nervos nem vasos sanguíneos. A nutrição das células desse tecido é realizada por meio dos vasos sanguíneos do tecido conjuntivo adjacente. A cartilagem é encontrada no nariz, nos anéis da traquéia e dos brônquios, na orelha externa (pavilhão auditivo), na epiglote e em algumas partes da laringe. 

Além disso, existem discos cartilaginosos entre as vértebras, que amortecem o impacto dos movimentos sobre a coluna vertebral. No feto, o tecido cartilaginoso é muito abundante, pois o esqueleto é inicialmente formado por esse tecido, que depois é em grande parte substituído pelo tecido ósseo. 

O tecido cartilaginoso forma o esqueleto de alguns animais vertebrados, como os cações, tubarões e raias, que são, por isso, chamados de peixes cartilaginosos. 

Exemplos: orelha e nariz

Há dois tipos de células nas cartilagens: os condroblastos (do grego chondros, cartilagem, e blastos, “célula jovem”), que produzem as fibras colágenas e a matriz, com consistência de borracha. 

Após a formação da cartilagem, a atividade dos condroblastos diminui e eles sofrem uma pequena retração de volume, quando passam a ser chamados de condrócitos (do grego chondros, cartilagem, e kytos, célula). Cada condrócito fica encerrado no interior de uma lacuna ligeiramente maior do que ele, moldada durante a deposição da matriz intercelular.

De acordo com a necessidade do organismo, ocorre a diferenciação das cartilagens em três tipos: 

Tecido ósseo e suas células

Tecido ósseo é altamente rígido e resistente e suas funções estão relacionadas à sustentação e proteção de órgãos vitais do organismo. Ele proporciona apoio aos músculos esqueléticos, traduzindo suas contrações em movimentos, além de ser um depósito de cálcio, fosfato e mais alguns íons, liberando-os no organismo de forma controlada. Este tecido é formado por células e material extracelular calcificado, chamado de matriz óssea.

A nutrição de uma das células formadoras do tecido ósseo (osteócitos) depende dos canalículos presentes na matriz, que possibilitam as trocas de íons e moléculas entre os capilares e estas células ósseas. Os ossos são recobertos na sua face interna (endósteo) e externa (periósteo) por uma camada de tecido que possui células osteogênicas.

As células que compõe o tecido ósseo são:

Osteócitos - Ficam localizados em cavidades na matriz óssea, chamadas de lacunas, sendo que cada uma abriga apenas um osteócito. Por entre os canalículos estas células se comunicam e trocam moléculas e íons pelas junções gap (junções celulares). Possuem um formato achatado, semelhantes a amêndoas, possuem certa quantidade de retículo endoplasmático rugoso, complexo de Golgi pequeno e núcleo com cromatina condensada. São células de extrema importância na manutenção da matriz óssea.


Osteoblasto - Estas células produzem a parte orgânica da matriz óssea. Possuem a capacidade de armazenar fosfato de cálcio, participando na mineralização da matriz. Encontram-se dispostas lado a lado na superfície óssea e, quando estão em alta atividade de síntese apresentam formato cubóide, com citoplasma basófilo; quando em estado de pouca atividade, tornam-se achatados e o citoplasma se torna menos basófilo. Quando esta célula passa a ficar aprisionada na matriz óssea, torna-se um osteócito.

Osteoclasto - São células gigantes, móveis, muito ramificadas, contendo inúmeros núcleos, com citoplasma granuloso, certas vezes com vacúolos, pouco basófilos nas células jovens e acidófilos nas células mais velhas. As lacunas cavadas na matriz óssea, pelos osteoclastos, recebem o nome de lacunas de Howship. Os osteoclástos apresentam prolongamentos vilosos, ao redor desta área de prolongamento existe uma zona citoplasmática, chamada zona clara que é pobre em organelas, porém rica em filamentos de actina. Esta zona é um local de adesão do osteoclasto com a matriz óssea e cria um ambiente fechado, onde ocorre a reabsorção óssea.

Tecido ósseo secundário ou lamelar - Geralmente é encontrado nos adultos, sendo que sua característica principal reside no fato de possui fibras colágenas organizadas em lamelas, paralelas, ou dispostas de forma concêntrica ao redor dos canais e vasos, dando origem aos sistemas de Havers.

Tecido propriamente dito e suas classificações

O tecido conjuntivo propriamente dito é, dos tecidos conjuntivos, o menos diferenciado e mais genérico, preenchendo todos os espaços entre os restantes tecidos, logo presente em todos os órgãos, e abaixo da derme, estabelecendo a ligação entre eles. Permite igualmente o transporte de metabólitos e participa na defesa do organismo.

Pode ser classificado em: 

Tecido Conjuntivo Frouxo - é o de maior distribuição no organismo, pois não há predominância de qualquer um de seus componentes, todos estão em quantidades iguais: pouca quantidade de fibras colágenas, as quais se apresentam delicadas e delgadas, apresenta espaços cheios, flexibilidade e pouca resistência às trações. 

Ele preenche espaços não ocupados por outros tecidos, apóia e nutre células epiteliais, envolve nervos, músculos, vasos sanguíneos e linfáticos. Faz parte da estrutura de muitos órgãos e desempenha importante papel no isolamento de infecções localizadas e nos processos da cicatrização. É importante relatar que nenhum tipo de tecido conjuntivo é encontrado no cérebro ou medula espinhal, sendo estes os únicos lugares onde este não está presente. São encontrados logo abaixo do epitélio.

Tecido Conjuntivo Denso - É mais resistente, devido à abundância de fibras, que podem ser colágenas, elásticas (presentes nos grandes vasos sanguíneos) ou reticulares e está presente nos tendões e ligamentos, e é pobre em células. Pode ser classificado em denso modelado e em denso não modelado. Podem formar tendões. Tecido rico em fibras e, por conseguinte, mais resistente. pode forma uma capsula protetora ao redor dos órgãos como o figado; nos tendões, ligado o músculo ao osso; e nos ligamentos, unido os ossos entre si.

Conheça o significado e a importância da Histologia

Histologia é o estudo dos tecidos biológicos de animais e plantas, sua formação, estrutura e função. É uma importante disciplina das áreas de ciências biológicas e da saúde e outras áreas correlacionadas, tais como Histofisiologia, Histoquímica, Imuno-histoquímica e Histopatologia.

Em Biologia, ela ainda pode ser conceitualmente dividida em Histologia Animal, com enfoque em animais, Histologia Humana, com enfoque em seres humanos, Histologia Vegetal, com enfoque em plantas, dentre outras.

A Histologia desenvolveu-se após a invenção do microscópio óptico. Posteriormente, com o desenvolvimento do microscópio eletrônico, entre de outros instrumentos para visualização dos tecidos, e de técnicas, por exemplo cultura de células, permitiram um grande avanço na área. 

O método mais comum para estudar os tecidos é realizado por meio da preparação de lâminas histológicas. 

Resumidamente, tal preparação envolve processos físicos e químicos de corte, fixação, desidratação, diafazinação (ou clareamento) e coloração, os quais envolvem diversos instrumentos e compostos químicos.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Saudações leitores

Está no ar nosso canal online de interação com você, leitor!

Seja bem-vindo ao nosso Histologia em Foco, blog que nasceu a partir de uma ideia em sala de aula do professor Iolando Fagundes e foi abraçado pelos alunos do 1º Semestre de Fisioterapia da FAINOR para levar até você informações sobre a Histologia e sua importância.

Esse é o primeiro de vários canais online que poderemos criar no decorrer dos tempos, pois, sabemos que além da blogosfera, as redes sociais vêm tomando importância ímpar na sociedade com debates acalorados sobre os mais diversos temas.

Além de textos, nossa intenção é postar vídeos e imagens que tratem da Histologia, que de maneira simples podemos conceituá-la como o “estudo dos tecidos do organismo e como estes se organizam para constituir os órgãos.”

Este blog tem como responsáveis pela inserção do conteúdo os discentes Babiana Queiroz, Amanda Amorim, Cristiane Souza, Thais Neith, Tamires Ferreira, Brenda Cardoso, Ana Rita Porena e Philippe Alcantara.